Dragão do Oceanário de Lisboa

 A poluição marinha representa um enorme problema ambiental com a acumulação e deterioração de plástico e outros resíduos nos oceanos. Se não fizermos nada para o impedir, daqui a 30 anos haverá, em peso, mais plástico do que peixes. 

Foi com esta ideia em mente que foi recriado um “Monstro Marinho” no lago do Oceanário de Lisboa que pretende alertar os portugueses do consumo excessivo de plástico descartável, mobilizando-os para a escolha de produtos mais sustentáveis. 

O dragão foi criado a partir de 300 mil garrafas de plástico (12 toneladas) entregues pela população portuguesa, representando o “monstruoso” volume de plástico que se encontra nos oceanos. A escultura foi criada pelo coletivo Skeleton Sea, uma organização de conservação do ambiente composta por artistas surfistas com uma forte ligação ao mar. 

Foi com enorme orgulho e satisfação que a Aura Light desenvolveu uma solução de iluminação para esta instalação artística, que tem na sua origem a mesma visão de sustentabilidade e preocupações ambientais da empresa. O dragão foi iluminado com Fitas Led de forma a destacá-lo durante o período noturno. Veja qual foi o resultado! 

Destacamos ainda uma pequena entrevista realizada a Xandi Kreuzeder, um dos membros do colectivo Skeleton Sea. 

ENTREVISTA

 Como surgiu o grupo Skeleton Sea? E para que fim?

Eu costumava viajar com os meus amigos surfistas João Parrinha e Luis de Dios para ilhas e locais remotos em todo o mundo à procura de grandes ondas para surfar. Testemunhámos a poluição crescente nos nossos oceanos ao longo do tempo, e por isso decidimos fazer algo. Em 2005, tivemos esta ideia de transformar o lixo dos oceanos em arte e sensibilizar com a mensagem KEEP THE OCEANS CLEAN. 

 Quando vos foi feito o convite para concretização deste projeto, em que pensaram em primeiro lugar? Qual o seu conceito criativo?

Bem, eu estava muito interessado neste projeto. Lutámos durante anos contra os plásticos de uso único, especialmente garrafas PET, que sempre que encontramos nas nossas praias limpamos. Depois, é claro, foi um grande desafio. A empresa responsável pelo movimento já tinha recolhido com a ajuda de clientes de supermercados cerca de 300 000 garrafas. A nossa missão era criar um grande monstro de garrafas que deveria estar a flutuar no lago à volta do Oceanário. No final, tornou-se uma cabeça de dragão com um corpo de serpente de 70 metros de comprimento, que faz a alusão de que a humanidade está a ser literalmente “engolida” pelo seu próprio plástico.

 Uma boa iluminação é essencial para destacar peças artísticas, especialmente durante a noite. As cores, formas e ângulos das peças são acentuados quando expostas à luz certa. Como vê a iluminação deste monstro marinho?

Sim, um conceito de iluminação muito especial foi importante neste caso. Por isso, contactámos a Aura Light para nos ajudar a encontrar uma solução para estas circunstâncias difíceis. Agora estou muito satisfeito com o resultado e o Monstro Dragão parece fantástico à noite. 

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