Ponte 25 de Abril

Lisboa, Portugal #
2015 #

Ambientes extremos exigem soluções robustas #

A maioria dos condutores que atravessam a Ponte 25 de Abril durante o período noturno não tem ideia do enorme desafio que constitui manter a iluminação pública daquela formidável estrutura de aço a funcionar, de forma a garantir a segurança rodoviária. A grandeza e a imponência da Ponte 25 de Abril estão bem expressas no facto de, à data da sua inauguração, ser a quinta maior ponte suspensa do mundo e a maior fora dos Estados Unidos. Passados quarenta anos após a sua inauguração, ocupa agora o 20º lugar a nível mundial.

Desde o início do seu funcionamento que a circulação rodoviária é intensa, pelo que resultam situações de congestionamento automóvel diárias. Esclarecedores são os números referentes ao início do ano de 2006: passam na Ponte 25 de Abril mais de dez mil veículos, nos dois sentidos, na “hora de ponta” e cento e cinquenta mil, em média, por dia, o que corresponde a mais de 300 mil utilizadores diários. Portanto, qualquer intervenção de manutenção no tabuleiro tem de ser planeada de modo a não resultar em congestionamentos de tráfego e menor segurança rodoviária para os condutores. Por essas razões as intervenções são realizadas durante a madrugada, altura em que o custo de mão-de-obra é mais elevado, e que implicam obrigatoriamente o recurso a duas brigadas, Civil e Elétrica, utilizando esta última uma plataforma móvel elevatória. A outra parte da história tem a ver com as condições severas que aquela estrutura de aço impõe aos pontos de luz, mais concretamente o tipo de vibrações com variadas frequências segundo vários planos que estes sofrem, induzidas por ação do vento, passagem do comboio, rodado do tráfego rodoviário (as piores) e oscilação da própria ponte.

Um projecto de grandes desafios técnicos #

As maiores consequências destas vibrações/ frequências são a curta vida das lâmpadas (semanas), desapertos de cabos, lâmpadas, balastros, suportes, platines, sistemas de fixação das luminárias, roturas por fadiga do material, etc. Para quase todas estas falhas os responsáveis de manutenção foram desenvolvendo soluções próprias. No entanto, algumas, como as que resultam no encurtamento de vida das lâmpadas, são incontornáveis. Partindo deste cenário, a Aura Light propôs à Lusoponte uma solução de eficiência energética que reduzisse os custos operacionais e os custos de energia elétrica, sem comprometer a segurança rodoviária para os condutores. A ponte era iluminada por luminárias em excelente estado de conservação, equipadas com lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão de 250W e respetivos acessórios elétricos (balastro+ignitor+condensador), as quais a Lusoponte manifestou interesse em manter se para o efeito se encontrasse uma solução sustentável.

Esta solução implicava, obviamente, que fosse sustentável do ponto de vista financeiro.

Durabilidade e robustez contra intensas vibrações #

Tendo em conta as condições de utilização da via, velocidade, densidade de tráfego, traçado da via e a redução de tráfego durante a madrugada, a Aura Light propôs a uma solução baseada na utilização de balastros eletrónicos de alta frequência (60 KHz), de duplo nível, stand alone, modelo Ecolum e lâmpadas Aura Sodinette Long Life com garantia de 48.000 horas de vida útil.

Para o efeito, foi realizado um piloto em 6 pontos de luz durante 2 meses que ultrapassou as melhores expectativas. No entanto, quando se passou para a instalação de toda a ponte, ao fim de 2 semanas tínhamos uma taxa de falhas que ultrapassava os 20%. A análise ao material danificado retirado da ponte confirmou as nossas suspeitas, as vibrações da ponte tinham simplesmente destruído o balastro eletrónico, transformando-o numa caixa e componentes soltos.

Solução feita à medida #

Foi possível, com a experiência e a ajuda do departamento de manutenção da Lusoponte que nos fez chegar um estudo exaustivo com o registos das amplitudes das vibrações, segundo 3 eixos, ao longo do dia e, o R&D da fábrica, resolver o problema encontrando uma solução, mais uma, que passou pelo reforço da fixação dos componentes do balastro e pela substituição do sistema de fixação do mesmo à platine da luminária, esta última desenvolvida pela Lusoponte.

Os níveis de poupança falam por si #

A solução está implementada há quase um ano e trouxe uma poupança de energia de 40% bem com a redução nos custos operacionais, resultado de menos intervenções, e com uma melhoria significativa iluminação do tabuleiro rodoviário.

“poupança de energia de 40% bem com a redução nos custos operacionais”

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